Os residentes no concelho de Rio Maior podem estar a receber correspondência infetada com urina de rato, segundo os próprios trabalhadore...
Os residentes no concelho de Rio Maior podem estar a receber correspondência infetada com urina de rato, segundo os próprios trabalhadores do posto dos CTT da cidade, que marcaram para a próxima segunda-feira, 2 de junho, uma greve contra a falta de condições de trabalho.
Esta possibilidade é denunciada num comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), onde se lê há dejetos de rato e um cheiro nauseabundo nas instalações dos correios de Rio Maior, e que estes roedores passeiam-se sobre as cabeças dos trabalhadores, em instalações que contêm amianto "já apodrecido e com fissuras" na cobertura e colocam em risco a própria saúde dos funcionários ali colocados.
"Os trabalhadores, para além de falta de material de trabalho, são ainda obrigados a inalar os escapes das motorizadas que são guardadas e estacionadas num espaço comunicante com aquele em que trabalham", acrescenta o documento, que justifica a tomada de posição dos carteiros com as "paupérrimas condições de trabalho", a juntar "ao decréscimo na qualidade de serviço".
Além da greve, os carteiros vão fazer ainda uma ação de esclarecimento às 14h30 na Praça da República, onde pretendem explicar diretamente à população as razões do seu protesto.
“Já se perguntou porque razão o seu correio chega tarde e a más horas?" e "porque razão o seu carteiro anda sempre a correr, quase sem tempo para falar consigo?” são algumas das mensagens que constam dos papéis que vão ser distribuídos, e que concluem que “somos obrigados a prestar-lhe um pior serviço porque os CTT assim o decidiram".
A falta de condições de trabalho e o mau funcionamento do serviço de distribuição domiciliária não são questões novas em Rio Maior, tendo o SNTCT já exigido à administração dos CTT a resolução dos problemas que afetam o funcionamento desta estação; perante a falta de respostas, os carteiros decidiram avançar para a greve.
A reestruturação dos giros que os carteiros são obrigados a percorrer é outra das questões reivindicadas pelos funcionários, mas, segundo o comunicado do sindicato, os percursos, que já eram longos, demorados e não tinham em consideração as necessidades da população, ficaram na mesma ou ainda piores.
Segundo o SNTCT, administração alterou os horários de trabalho para mais tarde e acrescentou mais localidades a giros que já estavam longos, tendo ainda começado "a substituir os carteiros a tempo inteiro por trabalhadores a meio tempo e inexperientes.
fonte: Rede Regional