Os problemas no abastecimento de água da rede pública na Vila da Marmeleira, aldeia do concelho de Rio Maior, foram debatidos no Parlamen...
Os problemas no abastecimento de água da rede pública na Vila da Marmeleira, aldeia do concelho de Rio Maior, foram debatidos no Parlamento Europeu por iniciativa da eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias.
A eleita portuguesa expôs em Estrasburgo uma carta do Movimento Projeto de Cidadania de Rio Maior, que dá conta que os problemas no abastecimento voltaram-se a sentir-se no início do mês de junho, sobretudo na zona central da povoação onde reside o também ex-eurodeputado do PSD José Pacheco Pereira.
O movimento denuncia ainda que "as obras realizadas pela Câmara Municipal na véspera das últimas eleições autárquicas permitiram melhorar a situação de alguns moradores, mas o problema subsiste".
Segundo o Projeto de Cidadania, a falta de qualidade da água e os frequentes cortes no abastecimento têm "riscos diretos" para a saúde pública.
"As condutas de abastecimento de água que ali estão a ser utilizadas têm já mais de 50 anos e foram concebidas para abastecer apenas alguns fontanários públicos, não a generalidade das casas de habitação", defende o movimento, acrescentando que são "condutas em fibrocimento com amianto" e que há legislação europeia que desaconselha o uso destas estruturas desde 1999.
Ainda segundo o Projeto de Cidadania, os riscos são agravados “quando existem falhas frequentes no abastecimento de água, como há mais de uma década se verifica em Vila da Marmeleira", uma vez que essas "falhas provocarão um aumento do número de fibras de amianto que penetram na água a partir das condutas, dado a entrada de ar na canalização provocar um risco agravado para o seu revestimento interior”.
Na resposta, segundo os queixosos, o Comissário Europeu para a Ciência e Investigação, Janez Potočnik, afirmou que “a redução de fugas nas redes de distribuição de água potável foi identificada por Portugal como um problema para os seus planos de investimento ao abrigo dos fundos estruturais e de investimento da UE. Tais medidas podem ser elegíveis para efeitos de financiamento desde que as autoridades portuguesas incluam projetos específicos neste domínio no âmbito dos programas operacionais”
Fonte: Rede Regional